Bem, depois dos festejos atribulados de Natal e de Ano Novo (os meus foram sobre mastigação), os vestígios teimam em ficar. Exemplo disso são estes Biscoitos de Gengibre mais conhecidos por Gingerbreads oferecidos pela empregada cá de casa (queria dispensá-la mas não me deixam e, a julgar pelo carinho, fica difícil). Imperam outras vontades. E, por falar nelas, aproveito este post para abordar a típica euforia do novo ano.

Não sei se é do frio, se é do Moët & Chandon ou se é do fogo de artificio que em toda a sua esquizofrenia (entenda-se) tornam o momento das 00h tão rídiculo. Sou adepto da celebração, respeito as superstições mas condeno algum do histerísmo. Porque afinal, meus queridos e minhas queridas, só mudou a data! Assinamos 2017 em vez de 2016, assim como ontem assinámos dia 4 e hoje assinamos dia 5. Queiram concordar (ou não) que há algo psicologicamente desmedido em torno deste ciclo.

É aceitável que muitas pessoas definam projectos, objectivos, metas... Mas será o Ano Novo exigente com isso ou apenas um pretexto para (...)?! Na minha partilha de opinião considero que todos os dias são tão importantes como o de 1 de Janeiro. É-nos possível, a qualquer altura, olhar para trás e fazer o balanço. Estamos sempre a tempo. Não devemos mudar com o ano. Deve o ano mudar connosco.

A verdade é que a engolires 12 passas de rajada não te vai atrair riqueza só porque a desejaste (e outras tantas coisas). Sem esforço, sem empenho e sem dedicação só com o Euromilhões terás essa sorte (se não for a trabalhar, diz-me como). E desengana-te se achas que o banho de espumante te vai abençoar para os próximos 365 dias.

A máquina do tempo não traz botão Reset quando "pulamos" para o novo ano. Mas pronto, isto sou eu, a dar uma de quem se afirma sem sonhos. Talvez por não ser astronauta e ter a planta dos pés com uma raiz do caraças!

Já agora, em tom de cliché, Feliz 2017!!!


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