Estas últimas semanas têm sido (des)ocupadas numa miscelânea de assuntos. Entre trocas e baldrocas falo com entusiasmo do novo projecto que abracei - uma parceria com a N'Ideias (Agência de Marketing Digital).

Para quem ainda não percebeu (ou não consultou o separador "O Doméstico") para além de mero Blogger e Funcionário na Zara sou também Designer de Comunicação. E é a esse respeito que hoje te venho falar.

Recordo-me de ser miúdo (tinha cerca dos 12 anos) e o meu pai trabalhava por conta própria em serviços de electricidade e canalização. Entretanto pediu para lhe fazerem uns cartões de visita e, quando os foi buscar, fiquei vidrado naquilo. Hoje não será nada demais, mas à época já era um trabalho bem feito. 

Talvez a minha curiosidade em equacionar as proporções, as cores, os símbolos, o papel, etc. se tenha encarregue em empurrar-me para graduação em Design de Comunicação e Produção Audiovisual. Depois de terminar o curso ficou bem definida a minha paixão - Branding (Gestão de Marcas).

Hoje, dedico-me quase exclusivamente ao desenvolvimento de Marcas Gráficas (ou logotipos como alguns lhes chamam, apesar de considerar errado). Ainda não são muitos os projectos que compõe o meu portfólio, mas orgulho-me dos poucos que subscrevo.

A grande explicação para este facto relaciona-se com algo que me foi quase "chipado" (de chip) durante o curso: "Vocês não são operadores de computador. O cliente têm de perceber que não pode chegar e pedir isto assim, aquilo "assado"... Para isso lê uns tutoriais de Illustrator na Internet, vê uns vídeos e faz ele o trabalho. Ou então contrata um autodidata com conhecimentos práticos que não se importe em desfigurar a Identidade Visual da empresa." E, a ser verdade, é que eu sempre aceitei e concordei com isto. Já cheguei mesmo a recusar trabalhos. 

Relatava um amigo meu (num destes dias) que é a mesma coisa que uma cliente chegar ao atelier de um Estilista/Designer de Moda e pedir o vestido da página 7 do catálogo da Channel. Óbvio que ele vai mandá-la à me**a e despachá-la para uma costureira ou modista.

Na minha perspectiva o Designer desenvolve um conceito que incrementa no projecto e é reflectido pelo resultado.

No entanto, com as experiências que vou gerindo acabo por perceber que nem sempre é fácil "recusar" dinheiro e uma das melhores saídas acaba num desabafo deste género: "Faço o trabalho mas não o assino. Não diga que fui eu que o fiz!". Ainda que eu tente sempre contornar a situação da melhor forma sem comprometer o bom Design. 

Caso para dizer que há dias em que ele bem me quer, outros em que mal me quer.

À parte de tudo isto deixo, para os interessados(as), os seguintes link's - N'Ideias e Pedro Ingres.


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